O presidente do União Brasil, Antônio Rueda, foi citado em depoimento à Polícia Federal no âmbito da Operação Carbono Oculto, que investiga a atuação do PCC em esquemas bilionários no setor de combustíveis e no mercado financeiro. Segundo o portal Metrópoles, o piloto de um dos jatos usados por investigados afirmou que Rueda seria proprietário oculto de aviões particulares ligados ao transporte de membros da facção.
De acordo com o depoimento, a empresa Táxi Aéreo Piracicaba (TAP) teria sido usada por dois alvos da investigação: Roberto Augusto Leme da Silva, conhecido como Beto Louco, e Mohamad Hussein Mourad, o Primo, ambos foragidos. A suspeita é de que Rueda teria participação oculta na empresa, mas a PF não o investiga formalmente até o momento.
Em nota divulgada nesta quinta-feira (18), o União Brasil reagiu, classificando as denúncias como “infundadas, prematuras e superficiais” e insinuou motivação política por trás do caso, relacionando a citação ao rompimento do partido com o governo Lula. A sigla afirmou que a coincidência reforça a ideia de uso da máquina estatal para desgastar sua principal liderança.
Após a repercussão, Rueda assinou uma resolução interna determinando que filiados do partido entreguem imediatamente os cargos ocupados no governo federal, atingindo o ministro do Turismo, Celso Sabino (União Brasil-PA). A decisão consolida o afastamento do União Brasil da base governista, alinhado ao movimento feito em conjunto com o PP, que também rompeu com o Planalto.