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Julgamento do plano de golpe: Alexandre Ramagem presta depoimento ao STF

Foto: Reprodução

O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), presta depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que trata sobre uma tentativa de golpe de Estado.

Ramagem é réu na ação penal junto a outras sete pessoas, consideradas o “núcleo crucial”, ou “núcleo 1”, da tentativa de golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022.

Na denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Ramagem foi apontado como uma das principais pessoas que subsidiavam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com ataques ao sistema eleitoral.

O ex-diretor da Abin, segundo a denúncia, costumava documentar as orientações que repassava a Bolsonaro, “o que permitiu a identificação de outras ações” em relação ao plano.

Entre os documentos, constavam, por exemplo, anotações com sugestões para o uso da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Polícia Federal (PF), com pareceres, para que Bolsonaro e seu grupo não seguissem ordens do STF que os desagradassem.

Para a PGR, os ataques intensificados de Bolsonaro contra o sistema eleitoral desde 2021, sob orientação Ramagem, “representavam a primeira etapa de um plano de permanência no poder com desprezo das estruturas constitucionais”.

A denúncia também aponta que, sob o comando de Ramagem, foi criada uma “Abin paralela”, composta por profissionais da agência e da PF, para monitorar opositores e produzir a disseminação de ataques contra o sistema eleitoral.

A PGR denunciou Alexandre Ramagem por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes.

Fonte: CNN

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Bolsonaro nunca me deu ordens para desmobilizar manifestantes, diz Cid

Gustavo Moreno/STF

O tenente-coronel Mauro Cid disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tratou com ele sobre uma ação de desmobilização de manifestantes em frente a áreas militares após a eleição de 2022.

“O presidente nunca deu nenhuma orientação para mim com relação aos manifestantes”, afirmou Cid, delator na ação penal sobre um suposto plano de golpe de Estado, no Supremo Tribunal Federal (STF). O tenente-coronel era ajudante de ordens de Bolsonaro.

Réus no processo, Cid e Bolsonaro são interrogados nesta semana na Primeira Turma do STF. O tenente-coronel, que é delator no processo, é o primeiro a ser ouvido, nesta segunda-feira (9).

Em complemento à resposta ao questionamento do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, Cid disse que “dificilmente” uma ordem pela desmobilização partindo do Bolsonaro passaria por ele.

“Ele (Bolsonaro) sabia que eu não tinha contato com esse pessoal (manifestantes)”, acrescentou Mauro Cid.

Fonte: CNN

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Cid: Major pediu R$ 100 mil e Braga Netto conseguiu verba para acampamentos

Foto: Reprodução

O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, disse ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira (9) que o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto conseguiu verba para ajudar a financiar os acampamentos de manifestantes em frente ao Quartel-General do Exército.

De acordo com Cid, o Major Rafael de Oliveira, um “kid preto”, pediu R$100 mil reais ao tenente-coronel para manter os acampamentos. A informação já havia sido compartilhada anteriormente com a Polícia Federal, em um testemunho que fez parte do seu acordo de delação premiada.

O militar disse então ter procurado Braga Netto, que lhe indicou a pedir o dinheiro para o Partido Liberal (PL). Um coronel e tesoureiro do PL o qual Cid diz não recordar o nome respondeu que a legenda não poderia financiar a ida de manifestantes.

“Inicialmente eu brinquei com ele. ‘Cem mil?”, afirmou Cid. “Aí eu fui procurar o general Braga Netto. Inicialmente o general Braga Netto me orientou que eu procurasse o pessoal do partido. Lembro que o intuito, pelo menos na minha cabeça, o intuito eram manifestações apoiadas pelo Exército na frente dos quartéis”, relata o delator.

“Aí eu conversei com ele [tesoureiro do PL], inclusive mostrei aquele documento que a senha não foi quebrada. Ele falou que o partido não poderia bancar aquilo ali, que não tinha como o partido apoiar manifestantes para trazer”, prosseguiu.

Após a recusa do partido, Cid relatou que Braga Netto arrumou o dinheiro e entregou a ele em uma sacola de vinho. O tenente-coronel afirmou não saber precisar o valor, mas que parecia menos de R$ 100 mil pelo volume.

“Posteriormente eu retornei para o general Braga Netto. O espaço temporal, não me recordo. O general Braga Netto trouxe uma quantia em dinheiro, que eu não sei precisar, mas com certeza não foram os cem mil, até porque pelo volume não era. Que foi passado para o major de Oliveira, no próprio Alvorada”, afirmou Mauro Cid ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

A passagem dos recursos não foi mencionada por Cid em seus dois primeiros depoimentos à Polícia Federal, lembrou Moraes. O tenente-coronel apenas compartilhou a informação depois da PF adverti-lo sobre o pedido de decretação de prisão e mais tarde, após ser advertido durante depoimento que, em caso de omissão, poderia ser preso novamente e ter o acordo de colaboração premiada suspenso.

Mauro Cid disse que não havia compartilhado porque estava abalado.

Questionado durante a audiência sobre a origem do dinheiro, Cid afirmou que “na época, disseram que era do pessoal do agronegócio”.

As informações compartilhadas pelo tenente-coronel hoje já haviam sido ditas anteriormente à Polícia Federal.

Em 2024, uma investigação da PF apontou que os R$ 100 mil foram propostos inicialmente por Cid como uma estimativa para arcar com custos de manifestantes que viriam do Rio.

Em conversas obtidas pela corporação entre o ex-ajudante de ordens e o major do Exército Rafael Martins de Oliveira, ele não deixou claro se falava do estado ou da capital fluminense.

Martins argumentava que precisaria do dinheiro para arcar com custos.

“O ajudante de ordens solicita que o mesmo [Martins] faça estimativa de custos com Hotel, Alimentação e Material, e pergunta se a quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais) é suficiente. Martins responde que sim e é orientado por Cid a trazer pessoas do Rio, provavelmente se referindo a cidade do Rio de Janeiro”, diz trecho da investigação citado na decisão de Moraes.

Depoimentos

O STF realiza, nesta segunda (9), os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022. Ao todo, serão ouvidos oito réus:

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência;
Alexandre Ramagem, deputado e ex-chefe da Abin;
Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI;
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na eleição em 2022.

Fonte: CNN

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Julgamento do golpe: inicia interrogatório de Mauro Cid

Foto: Roque de Sá/Agência Senado

tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), começou a depor ao Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que trata sobre um suposto plano golpista ao qual estaria envolvido.

Mauro Cid é réu na ação penal junto a outras sete pessoas, consideradas o “núcleo crucial”, ou “núcleo 1”, da tentativa de golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022 denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ex-ajudante de ordens presidencial foi delator no processo e, por isso, é o primeiro a depor.

Na denúncia da PGR, foi apontado que Mauro Cid atuou na disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas, mesmo admitidamente não tendo encontrado provas no processo eleitoral que corroborassem acusações de fraude.

Em delação, o tenente-coronel também expôs reuniões que tratariam do plano de golpe e o recebimento, por parte de Bolsonaro, de uma minuta de decreto golpista entregue pelo ex-assessor presidencial Filipe Martins, em dezembro de 2022.

Em sua colaboração à Polícia Federal (PF), Cid afirmou que Bolsonaro fez ajustes na minuta. Sob a redação do ex-presidente, o texto passaria a prever a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a realização de nova eleição.

Diante da resistência do então comandante do Exército, Freire Gomes, em embarcar em uma ruptura institucional, Cid também atuou, sob a benção de Bolsonaro, para atrair subordinados ao general para a investida, conforme a denúncia.

Pelo plano, a PGR denunciou Cid por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), começou a depor ao Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento que trata sobre um suposto plano golpista ao qual estaria envolvido.

Mauro Cid é réu na ação penal junto a outras sete pessoas, consideradas o “núcleo crucial”, ou “núcleo 1”, da tentativa de golpe contra o resultado da eleição presidencial de 2022 denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O ex-ajudante de ordens presidencial foi delator no processo e, por isso, é o primeiro a depor.

Na denúncia da PGR, foi apontado que Mauro Cid atuou na disseminação de desinformação sobre as urnas eletrônicas, mesmo admitidamente não tendo encontrado provas no processo eleitoral que corroborassem acusações de fraude.

Em delação, o tenente-coronel também expôs reuniões que tratariam do plano de golpe e o recebimento, por parte de Bolsonaro, de uma minuta de decreto golpista entregue pelo ex-assessor presidencial Filipe Martins, em dezembro de 2022.

Em sua colaboração à Polícia Federal (PF), Cid afirmou que Bolsonaro fez ajustes na minuta. Sob a redação do ex-presidente, o texto passaria a prever a prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), e a realização de nova eleição.

Diante da resistência do então comandante do Exército, Freire Gomes, em embarcar em uma ruptura institucional, Cid também atuou, sob a benção de Bolsonaro, para atrair subordinados ao general para a investida, conforme a denúncia.

Pelo plano, a PGR denunciou Cid por organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, entre outros crimes.

Fonte: CNN

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Série de “Harry Potter” escala Draco Malfoy e outros nomes do elenco; veja

Foto: Divulgação/HBO Max

A HBO, que está produzindo uma nova série baseada no universo de “Harry Potter”, anunciou, nesta segunda-feira (9), novos nomes do elenco. Entre os personagens, foi selecionado quem dará vida a Draco Malfoy, entre outros.

Katherine Parkinson interpretará Molly Weasley; Lox Pratt será Draco Malfoy e Johnny Flynn viverá seu pai, Lucius Malfoy; Bel Powley e Daniel Rigby assumem os papéis de Petúnia e Válter Dursley. Completando o anúncio, Leo Earley interpretará Simas Finnigan, Alessia Leoni será Parvati Patil, Sienna Moosah dará vida a Lilá Brown, e Bertie Carvel será Cornélio Fudge.

No final de maio, o streaming já havia compartilhado quem daria vida ao trio de protagonistas. Antes disso, outros atores já foram confirmados na produção anteriormente, como o vencedor do Emmy John Lithgow (“The Crown”) que será o diretor de Hogwarts, Alvo Dumbledore. Veja fotos nos atores escalados na galeria acima.

A produção será uma adaptação fiel da consagrada saga de livros escrita por J.K. Rowling, que também é produtora executiva. Cada temporada apresentará Harry Potter em aventuras incríveis para novos e antigos fãs, e estará disponível com exclusividade na HBO Max.

Após se tornar uma das franquias de maior sucesso do cinema, o universo mágico vai ser adaptado para a TVproduzido por Gardiner e Mylod, ambos de “Succession”.

Segundo a CEO da Warner Bros. Television, Channing Dungey, a série vai se aprofundar mais nos livros do que os filmes. O título está previsto para estrear em 2026.

saga de livros sobre o jovem bruxo é uma das mais populares da história, com mais de 600 milhões de cópias vendidas em 85 idiomas desde o lançamento do primeiro livro, em 1997.

Veja os nomes confirmados na série “Harry Potter”

  • Dominic McLaughlin como Harry Potter
  • Arabella Stanton como Hermione Granger
  • Alastair Stout como Ron Weasley
  • Lox Pratt como Draco Malfoy
  • John Lithgow como Alvo Dumbledore
  • Janet McTeer como Minerva McGonagall
  • Paapa Essiedu como Severo Snape
  • Nick Frost como Rúbeo Hagrid
  • Luke Thallon como Quirino Quirrell
  • Paul Whitehouse como Argus Filch
  • Katherine Parkinson como Molly Weasley
  • Johnny Flynn como Lucius Malfoy
  • Bel Powley como Petunia Dursley
  • Daniel Rigby como Válter Dursley
  • Leo Earley como Simas Finnigan
  • Alessia Leoni como Parvati Patil
  • Sienna Moosah como Lilá Brown
  • Bertie Carvel como Cornélio Fudge

Fonte: CNN

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ProMulher apresenta ações de enfrentamento à violência contra a mulher no IV EREL

A Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ProMulher/ALRN), sob a liderança da deputada estadual e procuradora da Mulher, Cristiane Dantas, apresentou, durante o IV Encontro Regional de Legislativos (EREL) — promovido pela Escola da Assembleia Legislativa do RN (EALRN) —, um panorama preocupante da violência doméstica no Brasil, além das ações desenvolvidas para enfrentar essa realidade no estado potiguar.

Com o tema “Enfrentamento à Violência Doméstica e o Papel da Procuradoria da Mulher”, a parlamentar destacou dados alarmantes do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que revelam o crescimento contínuo das agressões contra mulheres, em diversas formas. Somente em 2024, foram registrados mais de 778 mil casos de ameaça, 258 mil de violência psicológica, 83 mil estupros e um aumento de 7,1% nas tentativas de feminicídio. Entre as vítimas fatais, 63,6% eram mulheres negras, com idades entre 18 e 44 anos, mortas majoritariamente dentro da própria residência. Em 90% dos casos, os autores dos crimes eram homens — geralmente parceiros ou ex-parceiros.

O levantamento também aponta que, no último ano, 540 mil medidas protetivas de urgência foram concedidas, a maioria motivada por violência praticada por parceiros íntimos. No Rio Grande do Norte, o Radar da Violência, com base na plataforma Marias.TJRN, registrou 45.086 casos de agressões físicas contra mulheres entre 2020 e 2025.

Diante desse cenário, a ProMulher vem se consolidando como um espaço de acolhimento, escuta ativa e atuação direta. A instituição oferece atendimento psicológico, jurídico e assistência social a mulheres em situação de vulnerabilidade, além de atuar na formulação de políticas públicas e no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência de gênero, em parceria com os municípios potiguares.

Atualmente presente em 22 municípios do RN, a ProMulher contribui para a criação de Procuradorias da Mulher nas Câmaras Municipais, fomenta a participação feminina na política por meio do Observatório da Mulher e acompanha de perto a implementação e a fiscalização de políticas públicas voltadas à igualdade de gênero e ao empoderamento feminino.

Para a deputada Cristiane Dantas, “por trás de cada acolhimento, há um recomeço. A ProMulher acredita e caminha junto com essas mulheres na reconstrução de suas histórias.”

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Comissão de Planejamento Urbano aprova projeto para controlar poluição sonora

A Comissão de Planejamento Urbano, Meio Ambiente e Habitação da Câmara Municipal de Natal se reuniu, nesta quinta-feira (5), para analisar três projetos de lei relacionados ao ordenamento urbano da capital potiguar.

Entre as matérias, destaque para o Projeto de Lei nº 110/2025, de autoria do vereador Tárcio de Eudiane (União), que trata da responsabilização por poluição sonora em estabelecimentos comerciais. A proposta também define procedimentos para a fiscalização e apreensão de equipamentos de som no município. “O objetivo é garantir uma regulamentação específica, especialmente em relação a bares e restaurantes, para que não haja extrapolação dos limites previstos na lei do silêncio. Ainda vamos discutir mais o tema e realizar audiência pública, pois também entendemos a importância desses empreendimentos para a cidade”, explicou o relator da matéria, vereador Irapoã Nóbrega (Republicanos).

Outro projeto apreciado foi o PL nº 034/2024, de autoria da vereadora licenciada Nina Souza, que estabelece a obrigatoriedade de instalação subterrânea de cabos de energia, telefonia, internet e similares nas novas avenidas de Natal. A comissão também aprovou o PL nº 338/2024, também de Nina Souza, que propõe a mudança do nome da Praça Sabino Moura Cavalcanti, localizada no bairro de Lagoa Seca, para Praça Raimundo Elpídio da Silva.

A vereadora Anne Lagartixa (SDD) e os vereadores Eribaldo Medeiros (Rede) e Kleber Fernandes (Republicanos) também participaram da reunião.

Texto: Cláudio Oliveira

Fotos: Francisco de Assis

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Trabalho igual com salário igual é tema de debate público na ALRN

Foto: ALRN

No Brasil as mulheres recebem, em média, 20% a menos do que os homens na remuneração pelo mesmo trabalho. Foi para discutir esta questão, que envolve várias camadas, entre elas a política do cuidado, historicamente sob responsabilidade das mulheres, que a Assembleia Legislativa promoveu a audiência pública Trabalho igual/ Salário igual.

A iniciativa foi da deputada Cristiane Dantas (SDD), cujo mandato tem se voltado para as diversas questões das mulheres. O debate aconteceu no auditório da ALRN na manhã desta sexta-feira (6). “É fundamental lembrarmos que o direito à igualdade salarial entre homens e mulheres está previsto há décadas. Mas a realidade continua com um duro contraste, com as mulheres recebendo menos que os homens, muitas vezes com a mesma escolaridade e qualificação”, disse.

A parlamentar lembrou que mesmo com as leis que estabelecem que a remuneração para a mesma função deve ser igual e sem distinção de sexo, as diferenças salariais ainda se acentuam em cargos de liderança, direção e gerência, funções onde ainda predominam profissionais homens. No recorte racial, enquanto a média salarial da mulher no RN é de R$ 2.390, a da mulher negra é de R$ 2.000,00.

“Assumo o compromisso de seguir atuando na defesa de medidas que garantam o cumprimento da lei contribuindo para um mercado mais justo e inclusivo”, afirmou a deputada, que agradeceu a presença de todos os convidados.

A presidente da Business Profissional Woment (BPW), Fátima Soares, afirmou que a equidade não se trata apenas de justiça, mas de reconhecer o valor da mulher, num cenário aonde os abismos salariais são ainda maiores para mulheres negras e indígenas. “A mulher é criada para cuidar do marido, filhos e doentes da família. É preciso respeito, justiça e reconhecimento, pois cada vez que uma mulher recebe menos, a sociedade inteira perde, mas cada passo em direção à equidade representa um passo para um mundo mais justo. Salário igual não é um favor, é um direito”, disse.

Também da BPW, Adriana Magalhães afirmou que o Brasil tem extremas desigualdades. Exemplificando com o Relatório RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), que analisa vínculos de trabalho, ela afirmou que a remuneração inferior reflete as desigualdades. “Essa disparidade reflete preconceitos históricos, salário igual é um compromisso ético com a valorização do mérito. A equidade é um passo essencial rumo a uma sociedade mais inclusiva e verdadeiramente democrática como desejamos”, afirmou.

Coordenadora executiva de Relações Institucionais da FIERN, a engenheira Ana Adalgisa Dias afirmou que no próprio conselho de classe, apenas 20% dos profissionais registrados são mulheres. “É um número pequeno e em 90 anos de história a presidência do conselho nunca foi ocupada por mulheres”, afirmou. A professora também defendeu que o RN, por ser pioneiro em vários feitos, tem a missão de reduzir esse número.

A coordenadora citou o projeto da FIERN, Ela faz Indústria, que tem a missão de formar novas líderes. “Precisamos da visão feminina como líderes de classe, como CEOS e líderes industriais. Aqui no RN o setor de indústria precisa e está fazendo o seu papel nessa transformação”, falou.

Vice-presidente da CDL Natal, Maria Luisa Fontes afirmou que a discussão sobre essa questão da igualdade salarial precisa ser ampliada e incluir o fato de que as mulheres se dividem em muito mais tarefas, principalmente com o cuidado. “Se um filho adoece ou um parente,ou a geladeira está vazia, quem tem que resolver é a mulher”, exemplificou. “A luta não é somente por salários iguais, mas também para partilhar todas as atribuições. O trabalho de cuidar precisa ser dividido”, afirmou. Maria Luisa afirmou que a CDL está atuando junto às empresas filiadas uma maior conscientização sobre a equidade salarial e compartilhamento de responsabilidades.

Analista da Fecomércio, Luciana Maia elogiou a iniciativa da audiência pública. “Esse debate tão necessário e urgente é necessário para termos uma sociedade mais justa e eficiente”, disse. A representante da Fecomércio afirmou que o SESC está atuando para comper um ciclo de desigualdades. “Investir na igualdade de oportunidades é investir num futuro mais promissor para todos”, disse.

A presidente da Comissão da Mulher da OAB/RN, Geisy Raolino afirmou que o ambiente laborativo não foi pensado nem pelas mulheres e nem para elas. “A gente fala em igualdade de cuidados, mas temos outras questões, por exemplo, que são as condições em que vamos exercer esse trabalho com a sobrecarga de responsabilidades”, disse. “A jornada não foi pensada por alguém que cuida e tem família. A sociedade só consegue evoluir por conta do cuidado, uma responsabilidade que precisa ser partilhada e reconhecida”, disse.

Encerrando a participação dos componentes da mesa, a subprocuradora-geral do Trabalho, Ileana Neiva Mousinho, traçou um histórico da legislação trabalhista, citando os avanços e os pontos que precisam evoluir. “A nossa CLT é como uma senhora idosa bastante plastificada, com bastantes procedimentos e reformas. Precisamos discutir muito esse tema, porque apesar de tantos anos e lutas, a situação ainda precisa avançar”, afirmou.

A subprocuradora chamou a atenção para as mulheres rurais que fazem um trabalho pesado e invisibilizado, como na preparação do roçado ou no transporte de grandes latas de água. “Elas têm uma alta carga de trabalho não remunerado que é um obstáculo à qualificação profissional. Além do trabalho de cuidado, não remunerado”, disse.

Se as desigualdades ainda persistem, por outro lado ações como as campanhas que o Ministério Público faz, a atuação dos sindicatos e cartilhas educativas, entre outras ações, está propiciando um aumento das denúncias sobre situações abusivas. “As denúncias revelam que as pessoas tem se sentido mais corajosas”, disse.

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Deusa do forró critica mistura de gêneros musicais e falta de forrozeiros locais no São João: “É minoria”

Foto: Fábio Cavalcante

No recorte do PODTUDO Podcast desta quinta, a cantora Deusa do Forró faz um desabafo forte sobre a presença do forró raiz no São João. Para ela, é inadmissível que o forró seja tratado como minoria em uma festa que nasceu dessa cultura. ✊🎶

Ela conta que vive isso na pele, que luta todos os dias para manter o ritmo vivo, e que escuta o mesmo sentimento de descaso de muitos colegas forrozeiros. “O forró precisa ser mais valorizado, principalmente dentro da nossa própria terra.

É sobre resistência, identidade e respeito à nossa cultura! 🔥

🎥 Assista, compartilhe e marque quem também acredita que o forró deve ser protagonista no São João!

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Audiência Pública destaca fortalecimento da produção local com o selo ‘Feito Potiguar’

Foto: ALRN

A valorização dos produtos e da cultura potiguar foi o tema central da audiência pública realizada nesta quinta-feira (5) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte. Proposta pelo deputado Hermano Morais, a discussão teve como foco os avanços e desafios do programa “Feito Potiguar”, uma iniciativa que vem ganhando força na promoção da economia local.

O programa, lançado em abril deste ano pelo Sebrae-RN, em parceria com a FIERN, FAERN e Fecomércio-RN, tem como objetivo fortalecer o mercado interno e gerar oportunidades para os empreendedores locais. Através de um selo de certificação, o “Feito Potiguar” reconhece empresas que utilizam insumos do estado e valorizam a identidade cultural, econômica e territorial do Rio Grande do Norte.

“Nossa audiência foi realizada exatamente para isso: propagar e divulgar esse grande projeto, ousado e arrojado do Sebrae que, com muita capacidade de trabalho dos seus servidores, vem prestando um grande serviço à sociedade potiguar”, disse Hermano Morais. “Esse projeto visa destacar e valorizar os produtos que representam a identidade potiguar, promovendo sua valorização através do selo, e também estratégias de inserção de mercado, local e externo, fortalecendo aquilo que é produzido em nosso estado”, reforçou Hermano.

Durante a audiência, empresários, representantes de entidades produtivas e gestores públicos ressaltaram a importância da certificação para aumentar a competitividade dos produtos potiguares, tanto no mercado interno quanto em outros estados e até fora do país.

O presidente do Sebrae-RN, Zeca Melo, destacou que o “Feito Potiguar” já tem 62 empresas com o selo e sem a distinção entre pequenos ou grandes grupos econômicos. O foco é colaborar para que todos tenham ainda mais projeção de seus produtos nos mercados do Rio Grande do Norte, de outros estados e também no exterior.

“É um movimento que, valorizando a gente, resgatando nossa história, potencializa a empresa do Rio Grande do Norte sem discriminar grandes ou pequenos. Temos cooperativas e grandes empresas. É um selo de reconhecimento, com 62 empresas que já conseguiram, o que vai possibilitar que tenhamos um tratamento diferenciado, abrindo o mercado para todos. Vamos trabalhar fortemente nisso”, garantiu Zeca Melo.

Na audiência, o deputado Hermano Morais afirmou que o selo ‘Feito Potiguar’ não é apenas uma chancela de qualidade, mas uma forma de fortalecer o orgulho, cultura e economia do estado. O deputado defendeu que, ao comprar o qu é produzido no estado, o que acontece é o desenvolvimento do Rio Grande do Norte.

O pensamento foi o mesmo do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Roberto Serquiz. Também participando da audiência e apoiando o selo, Serquiz prestou conta sobre o apoio que a federação tem dado às indústrias potiguares e que a valorização dos empreendedores, especialmente os pequenos, pode colaborar de maneira significativa no fortalecimento da economia potiguar.

“A Fiern tem buscado transformar a vida dos microempreendedores, que são 98% das empresas do RN. Temos uma comissão de inovação da federação e eu sempre digo: o importante não é só ter a ideia. É se apropriar e fazer a ideia acontecer. O ‘Feito Potiguar’ tem essa chancela para darmos o destaque não só no Rio Grande do Norte, mas em todo o país e no exterior. É um projeto com início, mas sem data para o fim. Vamos para fora do estado e do país levando o que o estado produz. A responsabilidade é de todos nós, trazer o apego e apreço ao que é produzido por aqui”, disse Serquiz.

Além da visibilidade, as empresas que aderem ao programa passam a ter acesso a uma série de benefícios, como capacitações, suporte para ampliar mercados, participação em feiras e inclusão em catálogos físicos e digitais. A ideia é criar uma rede de fortalecimento que envolva setores como a agroindústria, a agricultura familiar, alimentos e bebidas, entre outros.

A audiência também debateu a necessidade de criar políticas públicas permanentes que garantam não só a continuidade, mas a expansão do programa. “Fortalecer quem produz aqui é também promover sustentabilidade econômica, geração de empregos e preservar nossa identidade cultural”, destacou Roberto Serquiz.

O debate, segundo Hermano Morais, evidenciou a importância do consumo consciente por parte da população, que, ao optar por produtos locais, ajuda diretamente no fortalecimento dos pequenos negócios e na circulação de riquezas dentro do estado. Ao fim da audiência, o parlamentar exibiu um vídeo institucional com a partcipação do surfista potiguar Ítalo Ferreira, que ressaltou a importância de valorização da produção potiguar.